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03/10/2020

“Ser proativo – de dentro para fora”


No congresso de Hoerde (2019), no impulso do Padre Heinrich, o discurso foi sobre ser proativo – de dentro para fora. Quando apresentei muito brevemente os tópicos no encontro das dirigentes, na sequência, levantou-se a pergunta: O que significa "ser proativo"? Não pudemos nos ocupar com isso por muito tempo e, por isso, decidi voltar a falar sobre o assunto.

O termo “proativo” foi usado inicialmente no idioma inglês, particularmente na área administrativa. Por este motivo, em qualquer idioma, por vezes nos deparamos com a grafia inglesa. Ele é formado por duas partes: “pro” = para e “activ” – ativo e, em consequência temos “proatividade”. Aqui queria acrescentar um pequeno fato. Numa conversa à mesa, alguém se deu conta que no rótulo de um suplemento alimentar se encontrava o termo inglês “proactiv”. Isto significa para a saúde, ao contrário de antibiótico – onde anti é contra a doença. 

Muitos descrevem pessoas proativas simplesmente como pessoas que preveem os desafios, que tomam iniciativas em vista daquilo que ainda está por vir, isto é, são pessoas de olhar amplo e antecipado. Isto faz com que as circunstâncias e os problemas se tornem desafios que motivam a encontrar um caminho orientado para o futuro. Portanto, se olharmos abertamente para aquilo que nos espera e também tomamos uma iniciativa pautada em bons e aprofundados fundamentos, então falamos em ser proativo. Quem reage aos desafios que nos vem de fora, esta é uma pessoa reativa, caso reaja à interpelação que lhe é posta. Geralmente há nas empresas, grupos ou também comunidades pessoas proativas, reativas e também passivas. Somente estas últimas não são adequadas se considerarmos os atuais conceitos sociais e particularmente o ser de Schoenstatt e da Igreja. 

O atual mundo do trabalho exige pessoas proativas. A formação profissional é importante, mas não só, pois também os dons pessoais são importantes e enriquecem a empresa. Neste sentido, as seguintes palavras do Pai e Fundador são muito oportunas: “Onde a pessoa exerce uma verdadeira profissão, ela pode desdobrar suas forças criadoras interiores. Onde ela pode ser criadora numa verdadeira e autêntica profissão, ali também, visto e dito de forma natural, ela satisfaz ao menos em parte, o seu mais profundo desejo. Mas onde a pessoa não pode ser criadora, ela é mera executora.” (Kentenich, 1930, p. 227). Isto significa: não passivo, porém ser proativo. A Revolução Industrial trouxe consigo um modelo de trabalho onde não era permitido ser criativo. Isto se estendeu em grande parte também para os serviços de escritório. O bom funcionário era aquele que conseguia seguir melhor as prescrições estabelecidas por um poder central. Entretanto, há anos se persegue outro modelo de trabalho. O poder central passou a ser um centro unificador do grupo de trabalho/comunidade. Isto é, os líderes escutam e motivam os colaboradores para atuarem de forma proativa, eles delegam tarefas de acordo com a formação profissional, mas também qualidades pessoais. Ou, na linguagem do Padre Kentenich, os colaboradores podem exercer sua profissão de forma criativa. Continua existindo uma autoridade, mas sustentada por todos.

A confiança recíproca, que requer como valor central a colaboração de todos os envolvidos no processo, é essencial e indispensável. “Muitas vezes se escuta a expressão: ‘Eu simplesmente não consigo confiar’. Mas não pode ser assim. Aqui não se trata de um não poder, porém do querer. Esta verdade incômoda também tem um lado bem positivo: Está em nossas mãos revisar de novo a decisão: ‘Eu confio!’! (Clayton, 2018). Se substituirmos “eu não posso confiar” por “eu não quero confiar, então logo nos salta aos olhos em que consiste a desconfiança. A desconfiança é a morte certa de uma empresa, grupo, comunidade ...

As leis de origem – os sinais dos tempos: Trata-se aqui da base da proatividade / cooperação que a tornam significativa. As leis de origem definem o pleno sentido da existência de algo e apontam sempre para seu fim último. Somente aquele que conhece o sentido da existência e a sua respectiva meta, pode ousar trilhar o caminho certo. “Quem não sabe exatamente para onde quer ir não pode se admirar se chegar a um destino desconhecido” (Mark Twain). Devemos saber onde e para que nos engajamos. Por isso, uma formação sólida, diálogos e debates são tão importantes. A clareza se consegue quando se estuda continuamente as leis de origem. Não se trata de desejos e expectativas pessoais separadas das leis de origem. Nós estamos continuamente desafiadas a reconhecer os sinais dos tempos, que nos apontam a vontade de Deus para nossa ação proativa em cada tempo e cultura. “Animo todas as comunidades a ‘uma capacidade sempre vigilante de estudar os sinais dos tempos’”. (Francisco, 2013, §51). Isto também faz parte da fé prática na divina Providência. Interpretar os sinais dos tempos não é só fazer uma lista de situações, muitas vezes vistos de forma negativa. O mais importante é encontrar através disso caminhos para cumprir a missão no contexto atual de forma significativa.

Ser proativo na Igreja e em Schoenstatt. Trata-se apenas de uma palavra da moda com a qual queremos nos mostrar modernos? Não, trata-se de um elemento essencial de Schoenstatt e também da Igreja. Se olharmos para o caminho trilhado pela Igreja no último século, vemos que em relação aos leigos pode sintetizar-se: saindo de uma condição passiva, eles se tornaram membros plenos da Igreja. Ou ainda: eles são Igreja. Ser proativo como leigo pressupõe que se conheça o ser e o sentido da comunidade cristã original e se viva segundo seus pilares: fidelidade à doutrina, comunhão, oração, partilha.

Schoenstatt foi edificado sobre a graça divina e a colaboração humana. Também aqui são necessárias pessoas proativas, pois a colaboração esperada em Schoenstatt não é um mero “ajudar” ao fazer uma adesão passiva. A decisão por Schoenstatt é uma decisão pelas leis que deram origem. “Que as leis que deram origem ao Santuário – a iniciativa divina e a colaboração humana – que já se tornaram claros na obra, se tornem sempre mais fortes.” (Kentenich 1967, p. 18). A cooperação faz parte da base do mundo de Schoenstatt de modo que se não for levada a sério, Schoenstatt desmorona. Também o sistema pedagógico original se pauta essencialmente sobre pessoas proativas para a renovação do mundo. “O ser humano proativo, um pequeno grupo proativo pode fazer muitas coisas. O tipo de homem Hoerde é então a pessoa proativa que trabalha em si mesma, que sempre de novo se renova de dentro para fora, que usa a liberdade para influenciar o ambiente.” (Heinrich, 2019). A liberdade interior, que nosso Pai e Fundador estimava muito, está profundamente ligada à proatividade. O Pe. Heinrich explica: “Trata-se da liberdade que é tão sagrada para nós. E essa liberdade é central na comunicação e no trato com os parceiros. Quantas vezes declaramos culpadas as circunstâncias porque algo não funciona melhor e não conduz ao sucesso. Olhamos para os outros e desfocamos o âmbito da nossa liberdade interior. Dessa forma passamos a reagir apenas em vez de sermos proativos.” (Heinrich, 2019).

[...] 

Concluindo: Desde o começo o Movimento de Schoenstatt é um Movimento em contínuo movimento, porque vida move! Pessoas proativas não deixam uma comunidade serenamente estagnada e passiva naquilo que ela já se tornou. Também isso deve ser sempre aprofundado, fundamentado e mais, purificado. A vida nova não só precisa se admitida, porém, também desejada e promovida. A vida nova vem, em última análise, do Espírito Santo. E ele nos fala pelos acontecimentos, pela história e tudo o que vive na sociedade. Mas ele também fala através de cada membro da comunidade: através de opiniões, habilidades, inspirações e histórias de vida pessoais. Cada nova vocação traz vida nova para a comunidade quando acolhida irrestritamente.

Dr.ª Geni Maria Hoss 


 

Bibliografia:

Clayton, Christina. Vertrauen statt Angst: Loslassen lernen 2018 [URL: https://www.alh-akademie.de/files/download/test/Auszeit_Bio_Magazin_ALH=Akademie_Vertrauen_statt_Angst_Bericht_1_2018.pdf, visited Jun 2, 2020]

Heinrich Walter. „Wir – nicht ich“ wollen eine innere Organisation schaffen 2019. [URL: https://www.schoenstatt.de/de/uploads/2019-news/Hoerde/4_WirNichtIch_HeinrichWalter_deutsch.pdf, abgerufen: 15. Juni 2020.]

Kentenich, Josef. Zu sozialen Frage: Industrie pädagogische Tagung 1930. Vallendar 1990.

Grußwort zur Grundsteinlegung des Heiligtums in Herxheim 24. September 1967. In: Sendung der Marienpfalz. Grußworte von Pater Josef Kentenich, Neuwied 1973, 13-22, p. 18.

Exerzitien Ostern 25. 24. Vortrag, 1925.

Tagung für Bundesschwestern 1950. Frauenbund.

Papst Franziskus. Evangelii Gaudium 2013. [URL: http://www.vatican.va/content/francesco/de/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html, abgerufen: 20. Juni 2020.

07/06/2020

Um chamado, uma escolha: uma comunidade "tipo União Feminina"



O foco é como recebi o chamado e porque eu segui este chamado para uma comunidade tipo União Feminina.

Desde minha adolescência acompanhava minha avó paterna nas atividades da igreja aos 18 anos participei ativamente das missões na minha cidade, Araraquara, SP, mas especificamente hoje Comunidade Nossa Senhora das Dores desde então comecei meu apostolado.
A cada trabalho, missão confiada fui percebendo que queria estar mais próxima de Jesus, muitos anos caminhei com a renovação carismática, 25 anos de apostolado na paroquia diversas pastorais e movimentos..., na verdade, o que queria era me consagrar inteiramente... buscava entregar meu coração a alguém aos 22 anos tive certeza que gostaria de ser consagrada, mas no meu do mundo, pois seria difícil deixar minha família da qual até hoje sou o arrimo.
Buscava viver um ideal e poder “viver em mais intensa comunhão”, sempre pedia a graça como dizia o Padre José Kentenich, ser uma “pequena Maria” imitar seu exemplo e silêncio.
Mas onde??? Foi então que fornecendo marmitas para uma Irmã de Maria conheci o Santuário, depois de 6 meses passei a trabalhar lá... estava a todo vapor, pois seria sua inauguração. “Ali se faz a experiência de Deus e a tristeza se transforma em alegria”
Comecei a conhecer as diferentes formas de pertença na certeza que um Servo de Maria jamais perecerá. Foi nesta busca que me foi apresentada a comunidade União Apostólica Feminina de Schoenstatt... me apaixonei saber que poderia ser uma Leiga Consagrada no meio do mundo atuando no meu apostolado e no campo profissional sem deixar minha família algo que sempre busquei e não encontrei. Isto só me dá a certeza que Deus tem seus planos e sua hora... a hora do amor, chamou me pelo nome e eu não tive como resistir hoje a 14 anos participo da Comunidade meu alicerce, minha auto educação, toda a formação do meu ser  eu devo a cada ano de formação, cada exigência...
Abracei, abraço e abraçarei minha vocação pelo meu SIM para sempre.


09/05/2020

Deus me chamou para o serviço em seu Reino... E agora?

Você pensou em seguir o chamado de Deus numa comunidade de mulheres consagradas leigas? Sim, tal comunidade existe e quem escolheu esta forma de pertença a uma comunidade e consagração ao serviço de Deus pode lhe ajudar discernir o seu caminho...



Clique aqui e veja o testemunho de Teresinha Brunassi Cigoli

08/05/2020

Gertraud von Bullion: Flores de Maio

"Herr, lass  auch meine Seele übersät sein mit Blüten, die die Liebe hervorbringt. Denn wenn die Bäume blühen, lieben sie – und wenn eine Seele liebt, blüht sie in Gottes Augen herrlicher als ein mit  Blütenschnee überladener Birnbaum. Wie viele Blüten aber muss ein Baum treiben, um nur einige Früchte zu tragen? Wie oft muss sich unser Herz zum Schwur der Liebe erheben, bis ihm  die Kraft zur Opferfrucht wird?" Und ganz ergriffen von dem Gedanken wiederholt sie: "Viel  Blüten muss ein Baum tragen, bis er eine Frucht zeitigt, viel Liebe muss in einer Seele glühen,  bis sie zum Opfern fähig wird" (Nikolaus Lauer. Gertraud von Bullion: Serviam, eine Antwort der Liebe. Vallendar: Schönstatt-Verlag, 1991, S. 78)

05/04/2020

24/03/2020

Solenidade da Anunciação

 "É para mim realmente uma grande dor que o dia de hoje já não seja dia santo. Aquele santíssimo dia é o mais importante da história da Redenção, pois tudo se funda na encarnação do Filho de Deus! Também condiz bem com o silencioso milagre cheio de mistério da Anunciação, que ele seja celebrado só em silêncio, mas quão poucos pensam deste modo no dia de graça em que o Salvador desceu do céu? E daqueles que o fazem, ao pensarem nisto, quantos são os que entoam um jubiloso hino de gratidão? Façamo-lo, irmãs, também por todos os corações mudos!" (Gertraud von Bullion, 1927, Solenidade da Anunciação - carta)

15/03/2020

De uma carta de Gertraud a uma colega da União - (conselhos válidos também hoje!)

"Com preocupação ouço falar do teu muito trabalho, espero que isso não te faça mal. Leva mais tempo a recuperar a saúde do que a perdê-la. Olha, querida, deves conservar-te, precisamente agora onde a tua Mãe necessita de ti. Vai por favor ao médico! Não tens nenhuma Caixa de Previdência de saúde ou pensão de invalidez? O que escreves sobre a tosse é menos agradável. Com o pulmão não se brinca, porque se uma tal tosse se mantém, fica-se depois doente, durante anos. No próprio corpo experimentei que é difícil, muito difícil, estar doente, e por isso não o desejo a ninguém."

(Cartas e Escritos de Gertraud von Bullion, p. 430)

Ajudar e ser ajudado!


29/01/2020

Gertraud von Bullion - Serviam: eu quero servir!


Gertraud von Bullion - Eu quero servir: Servir naquele contexto onde Deus a colocou. Uma situação que ficou na história, mas ainda assim permite entender a forma toda peculiar de servir e humanizar as relações humanas onde reina ódio e depreciação da vida humana.
“Com toda a dedicação de seu coração inteiramente abnegado, Gertraud foi enfermeira dos alemães feridos de guerra. Esta função correspondia às tradições da sua família, ao seu entusiasmo patriótico, ao seu grande impulso para a ação e a inclinação profundamente religiosa da sua alma; querer servir. Durante cerca de quatro longos e difíceis anos, ela manteve-se no duro serviço da guerra. Nenhum trabalho era para ela insignificante ou demasiado. Podia-se vê-la a sacudir no pátio cobertores incrivelmente cheios de pó e a trabalhar com o pano do pó e com esponja. Ao serviço da pátria, ela contraiu o bacilo da doença encoberta, que mais tarde havia de ceifar sua vida no pleno vigor da idade. A pátria agradeceu-lhe, pelo menos na medida em que reconheceu que a doença dela foi consequência da guerra. Várias distinções da Cruz Vermelha foram uma manifestação externa de visível reconhecimento. Muito mais valiosa foi a da recompensa interior.” LAUER, Nikolaus. Gertraud von Bullion: Serviam – resposta de amor, Lisboa: Paulus 2009, p. 71)